segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Bendita matemática...


Estava escrito...hoje era o seu dia!


As pernas tremiam, as mãos suavam, o estômago doía de tão encolhido que estava.
O medo tolhia-o!
Olhava angustiado para o enorme problema que com números redondos, brancos, medonhos, esperava, à espreita, como fera pronta a lançar-se sobre a sua presa.


Sentado na sua carteira o Zé, contorcia-se e enviava olhares inflamados de sabedoria...como raio é que ele percebia aquilo?


Os rapazes e raparigas estavam de cabeça baixa, cada um tentando decifrar aquela algarvariada de números, que encavalitados uns nos outros punham a cabeça a rodopiar e vazia de pensamentos.


O Zé continuava com o olho de àguia, pronto, à espreita da melhor oportunidade para virar a lousa e deixá-lo copiar.


De repente, num momento, os números começaram a surgir. À medida que o medo foi desaparecendo os algarismos iam formando uma fila lógica na sua cabeça e o mistério ia sendo desvendado...bendita matemática!


Cheio de orgulho, de peito inchado, foi resolvendo as contas uma a uma.


E de alma lavada, desceu do estrado.
Hoje era o seu dia!


1 comentário:

. intemporal . disse...

Quem me dera que comigo resultasse assim, a mim, para quem a matemática sempre foi um bicho de sete cabeças.

Talvez porque não tivesse começado pelo princípio, como em quase todas as coisas, deve ser assim.

:))

Deixo um beijo